Desvendando a Mixagem: Por Que Menos Pode Ser Muito Mais

Eduardo
09/08/2025

Sumário

Eduardo aqui novamente trazendo uns insights ampliados sobre essa jornada chamada mixagem. Afinal, nesse universo de botões e plugins, bora entender que acertar o alvo emocional do ouvinte é a verdadeira magia por trás de toda essa ciência.

o que é reverb, reverb na mixagem, reverb na voz

Agora, com certeza essa lista turbinada de 12 coisas que, aqui entre nós, às vezes a galera valoriza mais do que deveria na hora de mixar:

Está pronto para começar? Então vamos lá, vamos aprender a deixar sua mixagem mais interessante

Afinação dos Vocais

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Os plugins de correção de afinação estão por aí, prontos para serem usados, mas cuidado pra não polir tanto a ponto de as vozes perderem a essência. Afinal, até uma voz levemente desafinada tem seu charme, né?

Grandes apresentações vocais trazem suas próprias imperfeições e charmes. Quando a gente fica obcecado em ajustar cada deslize, corre o baita risco de deixar o vocal tão “perfeitinho” que perde aquele brilho, aquela emoção que arrepia. 

 

E como nosso ouvido é sensível para captar voz, qualquer exagero nos ajustes grita mais do que numa guitarra ou num teclado. De tudo que já escutei por aí, eu digo: vale dar uma atenção extra para afinar os instrumentos e deixar a voz principal soar com mais liberdade!

Alinhamento Perfeito

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Aquelas ferramentas que acertam cada nota no tempo podem ser bem úteis, mas não tem que deixar tudo milimetricamente certinho. Permite que a música respire com suas próprias imperfeições que dão o toque humano.

Nenhum músico toca de forma milimétrica no grid. Caso seu estilo precise de quantização, uma sugestão é deixar alguns elementos livres da edição, como pratos e vocais.

Mono vs Stereo

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Uma mixagem precisa funcionar em mono sim! Mas ela não precisa ser a oitava maravilha do mundo nesta modalidade. Se uma mixagem tá legal em estéreo, em mono só precisa não cair tudo por terra. Afinal, é menos de 1% das pessoas que escutam em mono. 

Você quer que sua mixagem seja bem no mono, mas não é necessário que ela fique perfeita. Vamos ser francos: mono nunca terá aquele impacto de uma mixagem estéreo da hora; ele só precisa dar conta do recado. 

 

Se a mixagem tá com tudo em cima tanto no estéreo quanto no mono, e dá pra entender a letra direitinho, sentir o groove e a melodia principal, tá ali capturando a atenção, então, você chegou lá. Isso já é mais que suficiente.

Eliminar Ruídos
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As ferramentas de remoção de ruído são quase uma feitiçaria moderna. Use-as só quando ouvir um problema real. Não precisa ficar caçando fantasmas.

Essas ferramentas que tiram ruídos, tipo o iZotope RX, elas são uma força e tanto em certos benefícios, mas se ligam para ativá-las só quando por uma necessidade real, senão é tempo e força desperdiçada, e o foco vai pro espaço.

 

Pensando assim, um latido no meio da sua mixagem pode até roubar sua atenção. É verdade que dar aquela atenção de lupa para os detalhes tem seus méritos. Mas vale a pena mesmo gastar horas eliminando essas miudezas? Se o barulho é só você que está ouvindo, deixa pra lá. Mantém os olhos no todo e vai ver o quanto as faixas podem brilhar. 

Seleção de Pistas
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Lembra que a qualidade nem sempre vem em quantidade. Nem todas as faixas do projeto precisam ir pro front. Analisa com carinho o que realmente faz a música crescer.

Escutar tudo ao mesmo tempo
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Não tem essa de que tudo na mixagem precisa estar no volume máximo constantemente – então, se está se estressando para fazer isso acontecer, para e pensa se vale mesmo a pena se afundar nesse ‘problema’.

Muita música boa por aí tem elementos que dão as caras e somem no meio da canção, ora dando uma pinta solo, ora se fundindo para formar uma nova vibe. Em mixagens mais cheias, você pode se jogar na automação para aumentar uma track aqui, esconder outra ali, e deixar a coisa toda mais orgânica. Quem sabe você perceba que nem precisa de tanto volume naquele synth em toda parte da música, né?

 

Aquele que fica escondidinho e aparece só de vez em quando pode ser o segredo do hit. Nem sempre é necessário ter todos os instrumentos brilhando o tempo inteiro.

Mascaramento de Frequência
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Sim, duas trilhas batendo na mesma frequência podem se atropelar. Mas confie no que seus ouvidos falam. Se tá soando bem, às vezes não precisa nem mexer.

Esse fenômeno que acontece quando dois sons competem na mesma faixa de frequência ao mesmo tempo é conhecido como mascaramento. A sonzeira mais potente pode acabar escondendo elementos do som que tá mais baixo. É um efeito que de fato existe e pode chamar seu foco de vez em quando. Só que no final das contas, é a sua audição que vai dar o veredito do que funciona ou não.



Fica à vontade para dar um silêncio estratégico em algum canal da sua DAW pra criar mais espaço na mix ou adicionar dinâmica. E ter um arsenal de sons de bateria não significa que todos tenham que brigar por um lugar ao sol na sua track.

 

Se detectar alguma disputa de frequências, ferramentas como o analisador SPAN Plus podem entrar em cena para ajudar você a pegar onde estão rolando essas rivalidades. Mas não vai ficar paranoico buscando problemas que nem tão pegando no seu ouvido.

 

Confia nisso: geralmente a galera mixa os sons que são chave um pouco mais alto, assim muitos desses choques de frequência nem te incomodam. E quando houver atrito, muitas vezes uma mexida rápida no nível já descomplica a situação.

Visuais vs Auditivos
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Não fica vidrado nos medidores e analisados. O ouvido é rei nesta terra. Se tá soando fino e não tá distorcendo, tá no caminho.

Essas ferramentas todas têm seu valor, e podem até ser bons guias pra quem tá engatinhando na mixagem. Mas nem por isso você deve se aprisionar no que está vendo na tela.

 

O negócio é o seguinte: o que realmente interessa é o ouvido, é a emoção que o som transmite, não o visual da coisa. Não sentiu a ressonância? Então não precisa mexer. Se percebeu que algo não tá legal em mono, aí sim, faz sentido ajustar a fase. 

 

E relaxa quanto ao volume na mixagem, se a DAW tá com os medidores de pico em ordem, é só evitar o vermelho passando de zero dB.

 

Os medidores de nível, fala sério, dá pra quase esquecer deles, contanto que você deixou um espacinho na mixagem inicial. 

Então, é isso: aprenda a decifrar o que esses números e gráficos querem te contar e use-os quando for preciso – mas não deixe que eles te travem ou atrapalhem a mixagem.

Pan da Bateria
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Será que importa tanto assim de onde vem o som da caixa ou do prato? Pois é, nem tanto. Faz o que é mais irado pra música e já era. 

Apenas os bateristas conseguem ouvir como um baterista. Às vezes, nem mesmo sabemos se o baterista é destro ou canhoto. Portanto, não se prenda à ideia de ajustar o pan como se estivesse tocando bateria ou assistindo a um baterista.

EQ e Ressonâncias
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Passar horas caçando fantasmas de ressonância na mixagem é como procurar agulha no palheiro. Se você não está ouvindo problema, talvez ele nem exista.

Monitoramento Extra
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Na real, um bom par de monitores vai te dizer tudo que você precisa ouvir. Extras? Só se eles realmente acrescentam uma nova perspectiva.

O que os outros acham?
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O feedback é bem-vindo, mas não se perde na opinião dos outros. Se tá bom pra você e pro artista, então, missão cumprida.

Curso de Produção Musical

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Conclusão

Então é isso, pessoal. A mixagem, no final das contas, é mais sobre sentir do que simplesmente fazer as coisas ‘certas’. É escolher o que energiza a música, o que faz a cabeça bater junto com o ritmo e o coração vibrar com a melodia. Tudo isso sem perder de vista o propósito maior que é se conectar com quem está do outro lado escutando sua arte.

 

Neste resumo, busquei condensar algumas dicas sobre mixagem. Se você deseja aprofundar seus conhecimentos no mundo da produção musical, abrangendo gravação, edição, mixagem e masterização, recomendo conhecer o Audio Expert. Trata-se do treinamento mais abrangente de produção musical disponível, no qual explico todas essas etapas em mais de 360 vídeos detalhados, passo a passo.

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Eduardo Rabuske

Produtor Musical, engenheiro de som e guitarrista: Formou-se em Produção Fonográfica na Unisinos e continuou seus estudos em cursos no Rio Janeiro (Brasil) e em Hamburgo (Alemanha). Já realizou trabalhos com artistas de todo o Brasil que vão do gospel à vaneira e rock, como Tchê Barbaridade, Tchê Garotos, Renato Borghetti, Alexandre Móica (Acústicos e Valvulados), Bidê ou Balde, Tequila Baby, Frank Solari, Kiko Freitas, Felipe Duran e outros.

Treinamentos: Desenvolveu o Audio Expert, um dos melhores treinamentos para produtores musicais e engenheiros de áudio da atualidade.

Projetos Acústicos: Realiza projetos arquitetônicos com tratamento e isolamento acústico para estúdios, residências e auditórios. 

RKE Studio: Proprietário do RKE Studio, um dos maiores estúdios do sul do Brasil.

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