LCR Panning: Técnica de PAN que deixa sua mixagem com maior largura e profundidade.
Sumário
O conceito de panorâmica LCR não se trata tanto de uma técnica, mas sim de uma mentalidade que pode resultar em mixagens mais satisfatórias. A abordagem LCR envolve a decisão de posicionar qualquer fonte de áudio completamente à esquerda, completamente à direita ou no centro, sem posições intermediárias de pan. Ao invés de uma mixagem limitada, você terá maior profundidade e imagem estéreo.
A mixagem LCR é, essencialmente, uma extensão da ideia de mixagem em mono, forçando o mixer a tomar decisões sobre quais fontes são realmente importantes e a lidar com elas de forma que se complementam.
Embora mixar em mono seja uma disciplina valiosa, a maioria das pessoas prefere ouvir em estéreo, e é aí que a pan LCR entra em jogo, mantendo as disciplinas básicas da mixagem em mono, mas aproveitando as possibilidades adicionais oferecidas por dois alto-falantes.
No entanto, ao adotar a abordagem LCR, é importante evitar a armadilha de usar o pan para separação, pois isso pode levar a problemas quando a mixagem é ouvida em mono.
Em vez disso, a separação desejada pode ser alcançada por meio de técnicas como EQ, ducking, substituição ou adição de samplers, automação de nível ou mutes, em vez de depender exclusivamente da panorâmica. Eu explico tudo isso em detalhes em mais de 160 vídeos do Audio Expert. Essa abordagem ajuda a evitar que as fontes de áudio mascarem umas às outras e aprimorar a experiência de audição em mono, sem comprometer o impacto da mixagem estéreo.
Buscando o Equilíbrio
Também devemos considerar o conceito de “equilíbrio”, em vários sentidos: o equilíbrio entre os canais estéreo esquerdo e direito e uma mudança no equilíbrio geral da mixagem que sempre ocorre.
Quando uma mixagem estéreo é convertida para mono, sempre há uma mudança no nível dos sinais panorâmicos em relação aos do centro. Muitas pessoas acreditam que isso pode ser corrigido alterando a lei do pan estéreo do projeto, mas, na verdade, isso não influencia essa mudança de equilíbrio.
Os primeiros consoles de mixagem estéreo, como o Universal Audio 610 de Bill Putnam, não tinham controles de pan contínuos, apenas uma chave para direcionar os sinais para a esquerda, direita ou ambos os canais do barramento estéreo.
Especialmente quando há poucos elementos em uma produção, a abordagem purista do panning LCR pode resultar em uma mixagem desequilibrada. Movimentos ousados no estéreo podem funcionar bem em algumas situações, mas nem sempre. É importante encontrar maneiras de equilibrar o hard-pan quando necessário.
Ao separar um som para um lado, isso cria uma sensação de desequilíbrio, normalmente é preciso usar outra coisa oposta para contrabalançar. Existem técnicas viáveis para lidar com isso, como criar uma pista dupla falsa (Efeito Haas) e usá-la do outro lado, ou enviar o som para um reverb mono ou efeito de delay, cujo canal de retorno é panorâmico oposto.
Sempre que você converte a mixagem estéreo para mono, mesmo que tenha criado uma separação perfeita, haverá cancelamentos. É importante decidir se as partes gravadas em estéreo devem ser tratadas como estéreo ou mono, dependendo da fonte. Em ambos os casos, haverá mais espaço na mixagem estéreo para acomodar essas partes, ou você ganhará o benefício de uma tomada de decisão rápida.
A mudança no equilíbrio geral da mixagem é perceptível ao mudar de estéreo para mono, com os sons panorâmicos para os lados ficando mais baixos em relação aos sons do centro. Isso é mais perceptível em mixagens LCR, devido à maior diferença de nível causada pelo posicionamento panorâmico mais extremo.
A lei do pan estéreo não afeta essa mudança no equilíbrio ao converter para mono, pois sua função é compensar a mudança no nível percebido ao mover uma fonte sonora pelo panorama, não influenciando a mudança global de equilíbrio ao converter para mono.
Compatibilidade Mono
A guitarra é um dos instrumentos mais populares e versáteis da música moderna. Com uma grande variedade de modelos e marcas disponíveis, cada guitarra possui características únicas que influenciam sua sonoridade. Neste artigo, vamos explorar alguns dos modelos de guitarras clássicas mais conhecidos e suas distintas sonoridades.
Sempre que você combina a mixagem estéreo com a mono, mesmo que tenha criado uma separação perfeita, haverá cancelamentos.
Muitos críticos do LCR argumentam que instrumentos gravados em técnica de microfone estéreo ou saídas de efeitos genuinamente estéreo não podem seguir as ‘regras’ do LCR.
No entanto, na prática, isso não é um problema. A chave está em decidir se essas partes devem ser tratadas como estéreo (panorâmica para esquerda e direita) ou mono (panorâmica para o mesmo ponto ou descartando um canal, dependendo da fonte). No primeiro caso, haverá mais espaço na mixagem estéreo para acomodar essas partes, enquanto no segundo, você ganha o benefício de uma tomada de decisão rápida.
Ao mudar de estéreo para mono, o equilíbrio geral da mixagem muda, com os sons panorâmicos para os lados ficando mais silenciosos em relação aos sons do centro. Isso é perceptível em todas as mixagens estéreo, mas é mais evidente em mixagens LCR, devido à maior diferença de nível causada pelo posicionamento panorâmico mais extremo.
A lei do pan estéreo não afeta essa mudança de equilíbrio ao converter para mono, pois sua função é compensar a mudança no nível percebido ao mover uma fonte sonora pelo panorama, não influenciando a mudança global de equilíbrio ao converter para mono.
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Conclusão
Em conclusão, o cenário LCR oferece uma perspectiva única sobre a mistura que pode levar a resultados mais impactantes e esmagadores. Adotar essa abordagem requer uma compreensão de seus desafios e características, mas pode levar a uma melhor qualidade de mixagem e uma melhor experiência para os ouvintes.
Neste resumo, busquei condensar algumas dicas sobre pan na mixagem. Se você deseja aprofundar seus conhecimentos no mundo da produção musical, abrangendo gravação, edição, mixagem e masterização, recomendo conhecer o Audio Expert. Trata-se do treinamento mais abrangente de produção musical disponível, no qual explico todas essas etapas em mais de 360 vídeos detalhados, passo a passo.
Eduardo Rabuske
Produtor Musical, engenheiro de som e guitarrista: Formou-se em Produção Fonográfica na Unisinos e continuou seus estudos em cursos no Rio Janeiro (Brasil) e em Hamburgo (Alemanha). Já realizou trabalhos com artistas de todo o Brasil que vão do gospel à vaneira e rock, como Tchê Barbaridade, Tchê Garotos, Renato Borghetti, Alexandre Móica (Acústicos e Valvulados), Bidê ou Balde, Tequila Baby, Frank Solari, Kiko Freitas, Felipe Duran e outros.
Treinamentos: Desenvolveu o Audio Expert, um dos melhores treinamentos para produtores musicais e engenheiros de áudio da atualidade.
Projetos Acústicos: Realiza projetos arquitetônicos com tratamento e isolamento acústico para estúdios, residências e auditórios.
RKE Studio: Proprietário do RKE Studio, um dos maiores estúdios do sul do Brasil.