5 Erros que Estão Destruindo Sua Mix
(E Como Evitar Cada Um Deles)
Sumário
Eduardo aqui novamente trazendo uns insights ampliados sobre essa jornada chamada mixagem. Você já passou horas mixando uma música, achando que estava tudo perfeito… mas, quando escuta no carro ou mostra pra alguém, simplesmente não soa bem?
Se isso acontece com frequência, você pode estar cometendo erros que sabotam sua mixagem, mesmo sem perceber. Neste artigo, vou te mostrar os 5 erros mais comuns que destroem uma mix — e, mais importante, como evitá-los.
Fica até o final, porque o último erro é o mais comum entre produtores e mixers!
🎯 1. Mixar Sem Referência (ou Produzir Sem Rumo)
Começar uma produção ou uma mixagem sem referência sonora é como entrar num Uber e dizer: “Me leva pra qualquer lugar”.
Sem um destino claro, as chances de você se perder no caminho são enormes.
Exemplo real:
Recebi uma track para mixar com sonoridade punk/hardcore. Pela captação, imaginei algo na linha de Green Day. Mas só depois da gravação a banda decidiu mandar uma referência completamente diferente — uma banda vintage lo-fi. Resultado? Tive que fazer mágica para tentar aproximar o som.
Como evitar:
Antes de gravar qualquer coisa, tenha clareza sobre a sonoridade desejada. Ouça referências, combine com o artista e direcione toda a produção com isso em mente.
⚠️ 2. Mixar Sem um Limiter no Master Bus
Muitos mixers evitam colocar um limiter no Master Bus, especialmente se vierem de uma escola mais analógica. Mas o limiter altera profundamente a mix — e você precisa saber como ela reage comprimida.
O que acontece:
- A caixa da bateria pode sumir.
- Os reverbs e delays sobem muito no volume.
- O som muda — e se você não testar isso antes, vai se surpreender (negativamente) na master.
Como evitar:
Insira o limiter em algum momento do processo, mesmo que só para checar. Sinta como a mix reage. Se preferir mixar sem, envie para a master uma versão com voz e caixa um pouco mais altas e menos efeito.
🎚️ 3. Equalizar com Solo Ativado
Um erro clássico: ficar solando canal por canal para equalizar.
Aquela guitarra que soa “magra” sozinha pode estar perfeita no meio da mix, e o baixo que parece estridente isolado pode ser o que faz ele aparecer no fone do celular.
Como evitar:
Use o solo só para localizar frequências específicas. Faça os ajustes ouvindo todos os elementos juntos.
Afinal, ninguém escuta a música com os instrumentos solados.
🌫️ 4. Tratar Efeitos como Elementos Invisíveis
Reverbs, delays e ambiências também ocupam espaço de frequência e precisam ser tratados como qualquer outro elemento da mix.
Ajustar os efeitos com o canal solado não ajuda em nada. Eles devem ser ouvidos e ajustados com todos os instrumentos tocando, e preferencialmente com o limiter ligado, já que o limiter muda bastante a percepção dos efeitos.
Dica extra: Equalize seus reverbs e delays. Isso faz uma diferença absurda na clareza da mix.
🔊 5. Mixar Somente com Monitores ou Fones
Usar apenas um tipo de monitoração (fones ou monitores) limita sua percepção.
Por quê?
- Os fones têm uma imagem estéreo artificial (cada lado isolado na orelha).
- Monitores dependem da acústica da sala.
- Reverbs, delays e outros efeitos mudam MUITO de comportamento entre fones e caixas.
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🔚 Conclusão
Mixar bem vai muito além de escolher plugins ou seguir presets. É sobre tomar decisões conscientes com base em escuta crítica, contexto e intenção.
Evite esses cinco erros e sua mix vai soar mais profissional, coesa e impactante — independentemente de onde ela for ouvida.
Neste resumo, busquei condensar algumas dicas sobre mixagem. Se você deseja aprofundar seus conhecimentos no mundo da produção musical, abrangendo gravação, edição, mixagem e masterização, recomendo conhecer o Audio Expert. Trata-se do treinamento mais abrangente de produção musical disponível, no qual explico todas essas etapas em mais de 360 vídeos detalhados, passo a passo.
Eduardo Rabuske
Produtor Musical, engenheiro de som e guitarrista: Formou-se em Produção Fonográfica na Unisinos e continuou seus estudos em cursos no Rio Janeiro (Brasil) e em Hamburgo (Alemanha). Já realizou trabalhos com artistas de todo o Brasil que vão do gospel à vaneira e rock, como Tchê Barbaridade, Tchê Garotos, Renato Borghetti, Alexandre Móica (Acústicos e Valvulados), Bidê ou Balde, Tequila Baby, Frank Solari, Kiko Freitas, Felipe Duran e outros.
Treinamentos: Desenvolveu o Audio Expert, um dos melhores treinamentos para produtores musicais e engenheiros de áudio da atualidade.
Projetos Acústicos: Realiza projetos arquitetônicos com tratamento e isolamento acústico para estúdios, residências e auditórios.
RKE Studio: Proprietário do RKE Studio, um dos maiores estúdios do sul do Brasil.