Olá, Eduardo aqui. Nada mais frustrante do que cada músico gravar seu próprio instrumento em estúdios caseiros diferentes e, na hora de mixar, encontrar dificuldade em fazer com que todos os instrumentos soem como se estivessem no mesmo espaço.
Muitas pessoas têm dificuldade em conseguir essa coesão, então fique ligado e vamos resolver esse problema juntos!
Conceito de Cola na Mixagem
Antes de mais nada, vamos entender o que é “cola” na mixagem. Quando falamos de cola, estamos nos referindo à coesão entre os instrumentos, fazendo parecer que estão juntos, ocupando o mesmo espaço na mixagem. Isso é crucial para uma mix envolvente e profissional.
Imagine cada instrumento sendo gravado em estúdios diferentes, cada qual com suas características únicas de sala. Para piorar, cada músico pode ter equalizado seu instrumento de acordo com a sua própria monitoração, o que é comum em home studios com deficiência acústica.
Mas isso não é problema para meus alunos do curso Audio Expert, que aprendem tudo sobre projeto acústico antes de entrarem nos módulos de gravação, edição, mix e master. Com conhecimento, é possível fazer excelentes projetos gastando pouco.
Técnicas para Criar Cola na Mixagem
A sensação de falta de cola é esperada, pois cada instrumento realmente parece estar em um espaço diferente. Contudo, com algumas técnicas, podemos solucionar 100% desses problemas.
1. Uso do Reverb
Uma das primeiras técnicas é o uso de Reverb. Quando cada instrumento está em seu espaço, é como se cada um soasse em um ambiente diferente. O reverb é a cauda do som que inclui as reflexões primárias de uma sala.
Em vez de colocar um reverb diferente em cada track, uma dica bacana é usar um reverb de envio num canal auxiliar, enviando vários instrumentos para o mesmo reverb, criando um ambiente comum para eles.
Outra técnica é a Summing. Este é um equipamento que soma várias entradas em uma saída estéreo, normalmente feito com mesas de som analógicas, mas hoje em dia temos plugins que simulam essa função muito bem, como o Virtual Mixer da Slate e o NLS da Waves.
Assim, todas as tracks adquirem a mesma sonoridade.
3. Compressão Paralela
A compressão paralela é outra técnica poderosa. Criamos um canal auxiliar com um compressor muito apertado e enviamos as tracks para lá pelo auxiliar, somando o sinal limpo com o comprimido até ficarmos satisfeitos.
Isso ajuda a dar mais consistência aos elementos da mixagem. Plugins que simulam o 1176 e o Distressor são excelentes para isso.
4. Compressão no Bus Master
Outra técnica é a compressão no bus master, colocando um compressor na saída master da mixagem. Essa compressão deve ser sutil, entre 1 a 3 dB.
A equalização e compressão compartilhada significa usar os mesmos compressores e equalizadores em vários canais, adicionando uma mesma sonoridade a todas as pistas.
Isso cria uma coesão sonora, similar ao que o summing faz.
6. Tapes e Saturations
Por fim, adicionar simuladores de fita e/ou uma leve saturação no bus master pode fazer diferença e dar “aquela esquentada” no som.
Caso queira aprender tudo sobre produção musical…não deixe de conhecer o Audio Expert. Lá, você encontra muitas outras dicas de produção musical.
Você não apenas dominará todas as técnicas essenciais de gravação, mixagem e masterização, mas também se tornará um mestre em design de estúdio, acústica e gestão de carreira, abrindo um mundo de possibilidades para você na indústria musical. Seja bem-vindo ao curso que transformará sua paixão em profissão.
Conclusão
Aqui vimos técnicas essenciais de mixagem para criar a cola na sua mix. Imagine unir todas essas técnicas juntamente com aquelas de gravação e edição ensinadas no curso Audio Expert. Tenho certeza que isso dará um salto na sua carreira como produtor. Experimente essas técnicas e ferramentas na sua próxima mixagem e verá a diferença. Se tiver dúvidas, deixe nos comentários e eu ajudo vocês.
Não se esqueçam de dar um like e se inscrever no canal para mais dicas como essa. Lembre-se, mixagem é uma arte e cada detalhe faz a diferença. Estamos juntos e bora mixar!
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Eduardo Rabuske
Produtor Musical, engenheiro de som e guitarrista: Formou-se em Produção Fonográfica na Unisinos e continuou seus estudos em cursos no Rio Janeiro (Brasil) e em Hamburgo (Alemanha). Já realizou trabalhos com artistas de todo o Brasil que vão do gospel à vaneira e rock, como Tchê Barbaridade, Tchê Garotos, Renato Borghetti, Alexandre Móica (Acústicos e Valvulados), Bidê ou Balde, Tequila Baby, Frank Solari, Kiko Freitas, Felipe Duran e outros.
Treinamentos: Desenvolveu o Audio Expert, um dos melhores treinamentos para produtores musicais e engenheiros de áudio da atualidade.
Projetos Acústicos: Realiza projetos arquitetônicos com tratamento e isolamento acústico para estúdios, residências e auditórios.
RKE Studio: Proprietário do RKE Studio, um dos maiores estúdios do sul do Brasil.