Equipamento NÃO Faz Milagre: 9 Mitos e Verdades Sobre Equipamentos de Áudio

Eduardo
11/08/2025

Sumário

home studio, equipamentos para estúdio, plugins de mixagem, plugin de masterização

Você já pensou que precisa de um microfone de R$10 mil ou de um pré valvulado caríssimo pra soar profissional? Pois é, esse tipo de pensamento é mais comum do que parece — e pode estar travando sua evolução no áudio. A verdade é que investir errado em equipamentos pode te fazer gastar uma fortuna sem ver resultados reais.

 

Neste artigo, vou te mostrar 9 mitos e verdades sobre equipamentos de áudio que todo produtor, beatmaker ou dono de home studio precisa conhecer.

Mito 1 – Equipamento caro garante som profissional

É verdade que bons equipamentos oferecem mais headroom, menos ruído e melhor construção. Mas isso não garante um som profissional.

O segredo está em saber usar o que se tem. Um bom produtor consegue ótimos resultados com uma interface de entrada, um condensador de R$500 e um bom fone — porque ele já tem referência de som e experiência.

Resumo: O equipamento pode adicionar até 10-20% de qualidade, mas só se a base (mixagem, ambiência, volumes, frequências) já estiver bem feita.

Mito 2 – Microfone valvulado é sempre melhor

Microfones valvulados têm um som mais quente, mais “colorido” — mas isso não é automaticamente melhor. Depende da voz, do ambiente e do contexto.

Um SM57 ou SM7B pode soar melhor que um microfone de US$10 mil em diversas situações.

Exemplos reais:

  • Bono Vox já gravou com SM57/58.

  • Michael Jackson gravou Thriller com SM7.

  • Red Hot gravou Californication com SM7.

Dica: Sempre que possível, teste com sua própria voz. Não confie apenas em vídeos patrocinados.

Mito 3 – Precisa de um bom pré pra gravar bem

Os prés ajudam? Sim. Especialmente quando empilhamos várias faixas gravadas com um bom pré. Mas as interfaces modernas já têm prés excelentes, mesmo as mais simples.

Investir primeiro em microfone, instrumentos, acústica e monitoração dá muito mais resultado do que comprar um pré caro logo de cara.

Mito 4 – Interface de áudio muda muito o som final

A diferença entre interfaces modernas caras e baratas é mínima. Conversores e prés estão muito evoluídos hoje. Aquela história de que uma interface de R$5 mil vai mudar drasticamente o teu som é exagero.

Exceção: Interfaces antigas ou de baixa qualidade podem, sim, limitar a fidelidade. Mas investir pesado em conversor top é um dos piores custo-benefício do áudio atual.

Mito 5 – Monitores são mais importantes que o tratamento acústico

Esse é perigoso. O som que você ouve vem de monitores + ambiente. Você pode ter o melhor par de monitores do mundo, mas se sua sala for mal tratada, vai continuar ouvindo tudo errado.

Dica prática: Invista primeiro em tratamento acústico, depois pense em monitores melhores.

Mito 6 – Plugin gratuito não presta

Existe plugin gratuito que bate de frente com plugin pago tranquilamente. O segredo é conhecer a ferramenta e entender sua proposta.

Plugins gratuitos recomendados:

E nem falamos dos plugins nativos das DAWs, que são excelentes. O que conta mais é o teu ouvido, não o preço.

Mito 7 – Pra masterizar precisa de equipamento analógico

Essa é da galera old school. Já existem vários testes cegos em que plugins e equipamentos analógicos são comparados — e a maioria das pessoas erra qual é qual.

Conclusão: Equipamento analógico é incrível, mas não é obrigatório. Dá pra masterizar digitalmente com altíssimo nível, desde que você saiba o que está fazendo.

Mito 8 – Pra ter som analógico, precisa de summing analógico
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Summing é o equipamento que soma os canais de áudio. Ele pode adicionar uma leve cor ou saturação, principalmente se for valvulado, mas a diferença é mínima.

Hoje em dia, com áudio em 24 bits ou mais, somar dentro do computador é mais fiel e prático. Summing analógico só vale se você já tem grana e conversores top. Caso contrário, invista em outras áreas que tragam mais retorno.

Mito 9 – Não dá pra mixar bem com fone de ouvido

É possível sim! Mas exige conhecimento e prática com o fone. Você precisa saber como suas mixagens soam nesse fone e ouvir o resultado final em outros sistemas (caixas, carro, etc).

 

Dica final: Se quer aprender a mixar com fones, existem técnicas específicas e recursos que ajudam, e eu explico mais no meu próximo vídeo/artigo.

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Conclusão: O que realmente importa?

Então é isso, pessoal. O mais importante não é o equipamento — é o conhecimento, a escuta crítica e a experiência. Bons equipamentos podem ajudar, mas não fazem milagres. Antes de sair comprando gear caríssimo, estude, treine o ouvido e invista onde realmente faz diferença.

Neste resumo, busquei condensar algumas dicas sobre mixagem. Se você deseja aprofundar seus conhecimentos no mundo da produção musical, abrangendo gravação, edição, mixagem e masterização, recomendo conhecer o Audio Expert. Trata-se do treinamento mais abrangente de produção musical disponível, no qual explico todas essas etapas em mais de 360 vídeos detalhados, passo a passo.

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Eduardo Rabuske

Produtor Musical, engenheiro de som e guitarrista: Formou-se em Produção Fonográfica na Unisinos e continuou seus estudos em cursos no Rio Janeiro (Brasil) e em Hamburgo (Alemanha). Já realizou trabalhos com artistas de todo o Brasil que vão do gospel à vaneira e rock, como Tchê Barbaridade, Tchê Garotos, Renato Borghetti, Alexandre Móica (Acústicos e Valvulados), Bidê ou Balde, Tequila Baby, Frank Solari, Kiko Freitas, Felipe Duran e outros.

Treinamentos: Desenvolveu o Audio Expert, um dos melhores treinamentos para produtores musicais e engenheiros de áudio da atualidade.

Projetos Acústicos: Realiza projetos arquitetônicos com tratamento e isolamento acústico para estúdios, residências e auditórios. 

RKE Studio: Proprietário do RKE Studio, um dos maiores estúdios do sul do Brasil.

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